O Ministério Público anuncia, esta terça-feira, que vai recorrer da decisão do Tribunal de Instrução de Almada em não levar a julgamento 266 agentes da PSP e cinco trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) que estavam acusados de ficar com o dinheiro dos passes dos transportes, gratuitos para a PSP, sem que os tivessem pago.
Na segunda-feira, fonte oficial da Procuradoria-Geral da República referia ponderar o recurso. Hoje, após analisar a decisão, diz ao JN que vai mesmo avançar com o recurso ao Tribunal da Relação de Lisboa.
Em causa, de acordo com o MP, estão crimes de peculato e falsificação de documento. A acusação do Ministério Público indicava que, entre 2014 e 2015, agentes da PSP e trabalhadores de bilheteiras da TST, acordaram trocar a requisição mensal do transporte pelo correspondente valor em numerário, que ascendeu aos 66 mil euros.
O Tribunal de Instrução de Almada entendeu não haver prova suficiente para imputar aos arguidos os crimes sobre os quais estavam acusados pelo MP.