As populações de Braga e Porto respeitaram, em geral, as determinações das autoridades que praticamente inviabilizaram os tradicionais festejos de São João nas duas cidades devido à covid-19, disseram esta quarta-feira fontes da PSP.
No Porto, afirmou fonte do Comando Metropolitano da PSP, "foi tudo até mais calmo do que o que se previa".
A polícia detetou "um ou outro ajuntamento, mas rapidamente as pessoas acataram a ordem de dispersar", sem necessidade de qualquer intervenção musculada.
Em Braga, o Comando Distrital da PSP "não registou qualquer incidente".
"Tomámos medidas preventivas, isolando alguns sítios mais propícios a ajuntamentos, e tivemos de lembrar, nas zonas das rulotes [de comes e bebes] a hora de fecho. À parte isto, foi tudo muito calmo. A população de Braga está de parabéns", disse fonte do comando distrital de polícia.
A noite de 23 para 24 de junho é habitualmente de diversão no Norte, sobretudo nas zonas do Porto e Braga, com os festejos populares de São João.
No Porto, a população costuma sair à rua para festejos com bailaricos, arraiais, martelos, alho-porro e fogo-de-artifício, mas este ano as autoridades apelaram a que evitassem as habituais aglomerações de pessoas, adotando-se o lema "a festa é como a sardinha, quer-se pequenina".
Logo no início de abril, a Câmara Municipal do Porto anunciou o cancelamento das festas, dada a incerteza de propagação do novo coronavírus. No mesmo dia, também a Câmara de Gaia comunicou o cancelamento destas festividades.
Naquela que noutras circunstâncias seria "a noite mais longa do Porto", também não houve transportes públicos e as ruas tiveram fiscalização e policiamento reforçados.