Apesar de acondicionados em papel químico, dissimulados em buracos feitos no interior de placas de tijoleira, importada em contentores do Brasil, a Polícia Judiciária do Porto conseguiu apreender 1110 quilos de cocaína a seis traficantes que foram detidos, na terça-feira, quando rececionavam o estupefaciente num armazém situado entre a Póvoa de Varzim e Vila do Conde. A droga chegou da América do Sul via marítima pelo Porto de Leixões, onde a Autoridade Tributária e Aduaneira usou um scanner de grandes dimensões, capaz de detetar produtos ilícitos sem abrir os contentores, para confirmar as suspeitas da carga estar "contaminada".
O navio chegou a Portugal dia 8 de agosto e de acordo com Carlos Vicente, subdiretor da AT no Porto de Leixões "os critérios de risco que permitem avaliar as cargas que chegam através dos contentores levou a que este contentor fosse sujeito ao scanner".
Através dessa radiografia, os elementos da AT começaram a suspeitar da presença de droga na carga. A possível contaminação da carga, como se diz na gíria policial, foi logo comunicada à PJ do Porto.