Ficou marcada para dia 20 de setembro a leitura do acórdão dos sete arguidos acusados em coautoria de um crime de homicídio consumado, cuja vítima foi o estudante cabo-verdiano Luís Giovani Rodrigues
Ao fim de 27 sessões de julgamento, as alegações finais terminaram esta sexta-feira, com a defesa a insistir que foi uma queda que matou Luís Giovani e não uma pancada.
Os sete advogados salientaram as incongruências dos factos narrados pelos ofendidos e testemunhas, e destacaram que o relatório da autópsia foi inconclusivo, que não aponta uma causa para o traumatismo crânio-encefálico que Giovani apresentava na cabeça e que lhe terá provocado a mote, referindo que pode ter tido origem numa pancada que lhe deram, como por batido com a cabeça no corrimão de uma escada durante a fuga do local.
Os sete homens entre os 26 e os 37 anos são ainda acusados de três crimes de três crimes de ofensas à integridade física qualificada, por agressões a três amigos que acompanhavam o aluno do Instituto Politécnico no decurso de uma rixa na madrugada de 21 de dezembro de 2019. Giovani que esteve 10 dias em como no hospital foi declarado morto 10 dias depois da contenda que envolveu os arguidos e os ofendidos.
Na passada sexta-feira, o Ministério Público tinha pedido a condenação de apenas de um arguido, a uma pena efetiva, "nunca inferior a seis anos", por um crime de ofensas à integridade física qualificada, agravado pelo resultado, neste caso a morte, ainda que considere não ter havido intenção homicida, e a absolvição dos restantes seis.
Giovani, aluno do Instituto Politécnico, deu entrada na Urgência do Hospital de Bragança na madrugada de 21 de dezembro de 2019, no decurso de uma rixa que envolveu várias pessoas à saída do bar Lagoa Azul.
Nessa noite o estudante de 21 anos, acabou por transferido para o Hospital de Santo António no Porto, em coma, e acabou por ser declarado morto 10 dias depois.
No julgamento, que teve início em fevereiro de 2021, foram ouvidas cerca de 100 testemunhas.