Ministério Público descarta corrupção nas PPP rodoviárias. Hipótese foi equacionada no início da investigação, em 2011, sendo entretanto afastada. Administração danosa entre crimes agora em causa.
O Ministério Público (MP) desistiu da hipótese de que possa ter existido corrupção no âmbito da negociação, entre 2008 e 2010, dos contratos para a introdução de portagens nas ex-scut e da subconcessão, na mesma altura, de cinco autoestradas. O inquérito - aberto por iniciativa de um procurador em outubro de 2011, após um comentário televisivo de Luís Marques Mendes - conta com 11 arguidos, incluindo três ministros e dois secretários de Estado do Governo de José Sócrates (2005-2011).
De acordo com a informação que consta do processo a correr no Departamento Central de Ação e Investigação Penal, consultado pelo JN, em causa estão agora, exclusivamente, alegados ilícitos de administração danosa, tráfico de influência e participação económica em negócio. Inicialmente, chegou a ser equacionada a existência de corrupção para ato ilícito em concurso com fraude fiscal, branqueamento e associação criminosa, mas os indícios recolhidos não terão confirmado essa possibilidade.