As duas alunas visadas no atropelamento de um jovem que fugia delas à saída da escola em maio do ano passado, no Seixal, vão ter que fazer terapia. A decisão foi do Tribunal de Famílias e Menores do Seixal, onde as jovens de 13 anos, por serem menores, respondiam perante um processo tutelar educativo. Na escola que frequentam foram suspensas durante 12 dias.
O caso aconteceu no dia 21 de maio de 2021, quando alunos da Escola Básica Dr. António Augusto Louro, na Arrentela, seguiam na berma da Estrada Nacional 10-2, à saída da Escola. O caso foi filmado e no vídeo é possível ver o jovem a ser perseguido e esmurrado no braço. Numa tentativa de fuga, o menor atravessou a estrada e acabou por ser atropelado.
O jovem sofreu ferimentos ligeiros e foi assistido no hospital de Almada. As duas alunas visadas foram suspensas e alvo de um inquérito tutelar e educativo no tribunal que terminou esta terça-feira, sem recurso possível. As raparigas vão ter de fazer sessões de treino de competências sociais e pessoais.
Paulo Edson da Cunha, advogado das alunas, afirma que esta medida foi tomada em acordo. "Todas as partes envolvidas seja Ministério Público e famílias dos intervenientes concordaram em aplicar esta medida de terapia que o tribunal aceitou", esclarece.
As sessões de treino de competências sociais e pessoais vão ser ministrada pela Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.