Visando chamar a atenção do Governo para a falta de condições na Escola Secundária de Serpa, há três dias que os alunos se concentram no exterior do estabelecimento enrolados em mantas e outros agasalhos, empunhando cartazes de protesto.
Devido à pandemia, portas e janelas têm de ser abertas nos intervalos, o que faz com que a temperatura dentro das salas seja muitas vezes mais baixa do que no exterior do edifício, tendo os alunos que assistir às aulas agasalhados com mantas, cachecóis e luvas.
A escola secundária foi construída há 44 anos e todos, desde professores, assistentes operacionais a alunos, reconhecem que a escola "não tem as mínimas condições para se poderem realizar aulas durante o inverno".
Há muito que são reclamadas obras de requalificação e das muitas reuniões entre a Câmara Municipal de Serpa e o Ministério da Educação não têm resultado ações concretas para executar as obras necessárias.
A fotografia de uma aluna com cobertores e mantas numa sala de aula, na escola serpense chocou os portugueses e motivou protestos de vários quadrantes. Cansados de esperar, os alunos partiram para o protesto, lembrando que já há quatro anos se tinham manifestado. "Infelizmente, continuamos a viver de promessas, num quotidiano penoso, com condições precárias para o exercício do ato de educar", lembrou um dos alunos.