Foi inaugurado, este sábado, o canal intercetor de proteção e gestão de riscos de cheias e inundações da malha urbana de Esposende. A obra, que começou a ser construída em 2019, custou aos cofres da autarquia mais de cinco milhões de euros, mas já é tida como uma infraestrutura de sucesso.
O canal intercetor caracteriza-se pela adoção das melhores técnicas de engenharia natural, recorrendo a materiais naturais e de espécies vegetais autóctones. É uma barreira natural de proteção à cidade, que se estende ao longo de 4,5 quilómetros, e que obrigou à aquisição de mais de 200 parcelas de terreno.
"Trata-se de uma abordagem ecossistémica para enfrentar um problema que era real para a população. O canal intercetor à cidade de Esposende é um dos projetos com maior envergadura financeira alguma vez conseguidos. Visa diminuir o risco de inundações na área urbana e evitar situações como aquela registada em 2013, quando as inundações lançaram o sobressalto sobre a população", salientou o presidente da Câmara, Benjamim Pereira.
O país foi fustigado por três meses de precipitação persistente, mas tal dilúvio confirmou a fiabilidade do canal intercetor, protegendo a zona urbana de Esposende e não acontecendo situações como as que se viram em Lisboa e Porto. "Está profusamente comprovada a utilidade do canal intercetor", atira o autarca esposendense.
Paralelamente ao canal, estende-se um percurso que completa um circuito de visitação e prática desportiva, que entronca na Ecovia do Litoral Norte e, futuramente, no parque da cidade, criando um anel verde em torno da cidade.
Ao longo de todo o percurso, foram efetuadas cerca de 30 mil plantações, entre árvores, estacarias e arbustos.