Rui Pereira desapareceu de Famalicão faz esta segunda-feira dez anos. Sem dados novos, o processo foi transferido da Polícia Judiciária para o Ministério Público há cerca de um mês.
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Já só os pais ainda têm esperança. "O processo relativo ao desaparecimento de Rui Manuel Correia Pereira já não se encontra na Polícia Judiciária da directoria Norte e foi transferido para o Ministério Público de Vila Nova de Famalicão", disse à Lusa fonte da PJ do Porto. O próximo passo será o arquivamento.
Rui Pereira desapareceu quando brincava no Parque de Sinçães, junto ao bairro onde vivia. "Nunca mudámos de telefone, nem de casa porque, um dia, quando o Rui puder telefonar ou voltar, queremos que nos encontre no sítio onde nos deixou". A esperança que resiste é de Laurinda Meira, a mãe de Rui Pereira.
A família do jovem, agora com 24 anos, vive "suspensa" à espera de qualquer indício sobre o seu paradeiro. O mesmo acontece com as buscas policiais. "Só se surgirem novas pistas é que o processo volta para a PJ", referiu a mesma fonte.
"Há pessoas que dizem que o viram na Suíça, mas desde há três anos que da PJ não temos qualquer tipo de informação". É novamente Laurinda Meira a falar, que "gere" na solidão a ausência do filho, nos longos intervalos de tempo sem o marido, emigrado em França vai para muitos anos.
A investigação lutou sempre contra a falta de pistas. Os únicos factos que constam do processo referem apenas que, na tarde do 2 de Março de 1999, Rui brincava com um amigo no parque quando foi chamado pelo condutor de um automóvel, onde entrou.
