O novo diretor do Museu do Abade de Baçal-Domus Municipalis, Jorge da Costa, empossado esta quarta-feira, quer "enriquecer a coleção permanente deste espaço, para o promover, dar outra visibilidade e outra dinâmica".
Jorge da Costa ganhou o concurso público lançado pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) para o cargo, que era ocupado por Amândio Felício, e tem agora três anos para mudar a face deste museu que conta a história do distrito e está incluído na Rede Portuguesa de Museus.
"Tem coleções de muita qualidade e é essa qualidade que eu quero que seja a bandeira deste museu. Um museu de elite, mas ao nível da qualidade e que seja um espaço acessível a toda a gente. Passa por fazer pequenas alterações que podem fazer essa diferença", explicou o novo diretor do Museu do Abade de Baçal, que até agora dirigia o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.
Uma das apostas será a mudança completa da sala Abade Baçal, para a tornar um espaço onde o visitante fique a saber quem foi Francisco Manuel Alves, que dá nome ao museu. "Para além de ter uma experiência fantástica, quero que esta sala perceba quem é a figura do Abade de Baçal. Vai haver um investimento na figura do próprio patrono do museu, que é uma figura incontornável transmontana e nacional", descreveu Jorge da Costa, que também quer dar mais visibilidade à Domus Municipalis, "um ex-libris que é preciso valorizar e dar a conhecer mais".
A diretora regional de Cultura do Norte, Laura Castro, considera que o novo diretor do MAB vai de encontro "ao perfil definido e que os requisitos foram plenamente preenchidos por este candidato".
Com a mudança de direção "abre-se um novo ciclo", salientou Laura Castro, que envolve a programação cultural "que contribuiu para a dinâmica do museu".
O Museu do Abade de Baçal tem obras previstas para 2023, com um orçamento previsto de 645 mil euros. "Estão calendarizadas. O que estava previsto para este ano era conseguir ter os projetos para lançar empreitadas a partir do próximo não. Isso irá acontecer, haverá um conjunto de beneficiações que passam por situações de carácter infraestrutural e algumas modificações relativamente às acessibilidades deste museu, também haverá pequenas alterações na Domus Municipalis", referiu Laura Castro que deseja que os trabalhos estejam concluídos no final de 2024.