A serra da Estrela "precisa de mais 20 hotéis" e mais restaurantes. O número é avançado por Artur Costa Pais, da Turistrela - Turismo da Serra da Estrela, que classifica este como "o único destino turístico em Portugal que tem 10 meses de época alta" e onde "apenas 5% dos turistas vêm pela neve, elemento há muito ultrapassado pela vertente ambiente, saúde e bem-estar", diz ao JN um dos mais destacados empresários da região, dono da estância de ski e de uma série de hotéis que concessionou aos principais grupos, como o Vila Galé ou Pestana.
Os 20 hotéis que Artur Costa Pais fala seriam para instalar nos concelhos da Covilhã, Fundão, Manteigas, Guarda, Gouveia, Seia e Oliveira do Hospital. "Há espaço para ofertas diferenciadoras e que dispensam ser transacionadas por operadores turísticos, porque a serra da Estrela não se compra, vende-se", reitera.
A ideia é corroborada pelo presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE). Luís Tadeu é perentório em afirmar que este território "é tudo menos um destino de neve", lembrando que o verão de 2022, antes dos incêndios, estava lotado. Defende assim a capacitação do território "com unidades hoteleiras diferenciadoras, em nome do prazer de descansar e cuidar do corpo e da mente". O representante garante que "aqui a gastronomia varia consoante a estação, tal como a paisagem e as experiências sensoriais, pelo que uma visita a um mesmo local, será sempre diferente", refere Tadeu.