O incêndio que deflagrou este sábado à noite no rés-do-chão de um prédio na Mouraria, em Lisboa, fez duas vítimas mortais, um homem de 30 anos e uma criança de 14, e ainda 14 feridos, quatro deles crianças. Ainda não são conhecidas as causas do incêndio.
A Policia Judiciária já está no local a realizar perícias para apurar as causas do incêndio na rua do Terreirinho, em Lisboa, que provocou este sábado à noite dois mortos e 14 feridos, revelou o presidente da Câmara de Lisboa. As vítimas mortais são um homem de 30 anos e uma criança de 14, de acordo com uma fonte dos bombeiros.
Margarida Castro, diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, confirmou que as informações preliminares de que dispõe indicam que além dos dois mortos, também estrangeiros, das 14 vítimas do incêndio transportadas para hospitais duas são de nacionalidade argentina e 11 da Península do Industão, região asiática que compreende países como a Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal.
Um português ficou também ferido mas é uma "vítima colateral", porque não estava no prédio quando do incêndio.
O incêndio provocou pelo menos 20 desalojados, mas Carlos Moedas garantiu que "ninguém ficará sem teto".
Confrontado com a possibilidade de no prédio funcionar apartamentos de alojamento local, Miguel Coelho, presidente da Junta de Santa Maria Maior ,disse que ainda não pode confirmar essa informação e que a confirmar-se será "clandestino". Sendo que no bairro, admitiu, existem vários casos de alojamento local clandestinos.
Os bombeiros terão chegado ao local em "quatro minutos e meio", frisou Carlos Moedas. Uma rapidez que impediu que o incêndio se propagasse a mais prédios. O alerta para o incêndio foi dado por volta das 20.35 horas e o fogo foi dado como extinto por volta das 20.50 horas.
Na rua do Terreirinho, na Mouraria, estão 50 operacionais entre bombeiros, INEM e PSP, apoiados por 20 viaturas. O incêndio deflagrou num rés-do-chão de um prédio.
Isilda Bernardo, que vive numa rua adjacente, "há mais de 40 anos", contou ao JN que foi alertada pelos "muitos gritos e murros nas portas". "Não se conseguia ver nada com o fumo", descreveu, garantindo que o socorro chegou muito rápido.
Entre os feridos há quatro crianças, que foram transportadas para o hospital Dona Estefânia, e os restantes para os hospitais de São José e de Santa Maria, em Lisboa. De acordo com o Comandante do Regimento de Sapadores de Bombeiros, têm ferimentos leves decorrentes da inalação de fumo.
Marcelo falou com Moedas e lamentou mortes
"O presidente da República falou esta noite com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa para se inteirar das consequências do incêndio esta noite na Mouraria, lamentando a perda de vidas humanas e inteirando-se da situação das pessoas afetadas", pode ler-se numa mensagem da Presidência enviada à agência Lusa sábado à noite a propósito do incêndio num prédio na Mouraria que fez dois mortos e 14 feridos.
Segundo a mesma nota, Carlos Moedas, que estava acompanhado do presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, "explicou a Marcelo Rebelo de Sousa os contornos conhecidos daquele lamentável incêndio, bem como das iniciativas já tomadas pela câmara municipal para alojar e acompanhar a situação das pessoas afetadas".