José Luís Gaspar iniciou neste domingo, 17 de outubro, o último mandato do seu reinado como presidente da Câmara de Amarante com um discurso conciliador apelando à colaboração da Oposição, liderada pelo deputado socialista na Assembleia da República, Hugo Carvalho.
Presidente reeleito da Câmara de Amarante com 52,49% (16266 votos) pela coligação Afirmar Amarante PSD/CDS, José Luís Gaspar, que se assume como "um mediador", anunciou que ao longo do mandato agora iniciado se irá "bater pelas melhores soluções" em quatro eixos "acima do interesse partidário": hospital de Amarante, "apesar das promessas nunca cumpriu os serviços mínimos prometidos"; o caminho de ferro que é "essencial para a mobilidade e turismo"; o serviço, em baixa, das Águas do Norte "cujo plano de investimentos defrauda as expectativas da população, um desastre", e o Parque Florestal, "um espaço nobre da cidade" que no entender de Gaspar "devia estar ao serviço dos amarantinos com a dignidade que merece".
"Estes são assuntos da maior importância na certeza, porém, que não dependem diretamente da vontade da Câmara Municipal mas sim da melhor articulação com o Governo da República e com as instituições que tutela", sublinhou.
Ainda com um extenso caderno de encargos de obras em curso, por concluir - como a Casa da Memória no Solar de Magalhães, Cineteatro, reabilitação do rio Tâmega, parques de estacionamento, eixo viário central de Vila Meã, etc - José Luís Gaspar anunciou que é sua intenção avançar com a reabilitação da zona de Santa Luzia, que será transformada para que aquela área seja "mais uma zona nobre da cidade". Disse ainda que quer requalificar o Campo da Feira e renovar a zona da Alameda Teixeira de Pascoaes, espaço comum ao mercado municipal e à Câmara.
"Quero uma cidade mais ampla, aberta, de fácil acesso", disse José Luís Gaspar à plateia que o ouvia no Claustros do Museu Amadeo de Souza Cardoso, local onde decorreu o ato da tomada de posse. Ao JN, o autarca prometeu "para breve o fecho da circulação automóvel, aos fins de semana, na ponte S. Gonçalo", atendendo ao número elevado de transeuntes, designadamente turistas, que usam a travessia e que são incomodados pelos automóveis.
Apostado em recuperar para Amarante o epíteto de "Princesa do Tâmega", o edil sustenta a ambição "na onda de progresso" que o concelho está a viver sendo "reconhecida" nacional e internacionalmente, fez notar.
O Executivo Municipal de Amarante é composto por cinco eleitos (presidente e quatro vereadores) da coligação PSD/CDS e por quatro vereadores do PS. Pedro Cunha (PSD/CDS) foi reeleito presidente da Assembleia Municipal.