Em outubro, soube-se que iria haver um novo atraso na retirada dos resíduos perigosos, devido ao abrandamento da empreitada causado pelo aparecimento de material explosivo, como granadas. Todavia, esta sexta-feira, a propósito da visita do ministro do Ambiente ao local, verificou-se que a obra já voltou a um ritmo frenético, com a presença de retroescavadoras no local.
Confrontado pelo JN com o facto de o atraso ter sido relacionado com a operação decorrer de forma mais lenta por precaução - quando ao local já voltaram as retroescavadoras -, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, respondeu que "99% do trabalho foi feito com as máquinas". Só 1% dos trabalhos foram manuais, "quando apareceram os explosivos". "Aí, obviamente que não podíamos andar com máquinas, tivemos de andar de forma mais demorada", explicou o governante.
Já quanto à demora dos trabalhos, Matos Fernandes foi perentório: "Foi o tempo necessário para fazer uma empreitada como esta". O ministro preferiu valorizar o facto de "nunca" a equipa (formada pelo Governo, Comissão de Coordenação da Região Norte e Câmara de Gondomar) "ter desistido".
Daí que o ministro do Ambiente tenha indicado "o início da primavera" como novo prazo para "toda esta intervenção estar concluída".
"É inaceitável o que foi feito"
O governante, que visitou as antigas minas de S. Pedro da Cova esta sexta-feira, data em que assinalou os seis anos como ministro, lembrou também que "foi inaceitável o que aqui foi feito", lamentando que a ação em tribunal para culpar eventuais responsáveis pela deposição dos resíduos perigosos tenha "acabado em nada". "Gostaríamos de ser ressarcidos do investimento que fizemos", sublinhou.