A vistoria técnica a um edifício de Leça do Balio, Matosinhos, onde deflagrou um incêndio a 5 de junho, agendada para esta segunda-feira, só irá começar na terça-feira.
"A vistoria deverá começar amanhã de manhã [terça-feira], pelo menos na parte do edifício menos afetada pelo fogo", disse, esta segunda-feira, à Lusa fonte da Câmara de Matosinhos.
De acordo com a fonte, o adiamento da vistoria prende-se com o facto de ainda estar a ser retirado lixo do interior do prédio.
A vistoria será feita com recurso ao inovador equipamento "laser scanning", técnica de medição "muito rápida, precisa, fiável e não invasiva" feita através de procedimentos rigorosos de medição e tratamento de dados, explicou.
"A precisão que é possível obter com esta tecnologia garante uma caracterização geométrica de elevado rigor e detalhe, cuja riqueza de informação serve de base à verificação e análise da deformação estrutural inerentes ao objeto em estudo, garantindo uma sólida e fiável base de trabalho para tomada de decisões ao nível de eventuais intervenções corretivas que sejam necessárias levar a cabo", salientou.
A fonte acrescentou ainda que esta técnica permite a caracterização tridimensional de uma qualquer estrutura através da aquisição de informação geométrica (materializada por uma nuvem de pontos) e informação radiométrica (materializada por fotografias digitais adquiridas através da tecnologia HDR - High Dynamic Range).
A vistoria será realizada, em conjunto, pela Câmara Municipal de Matosinhos e o Instituto da Construção.
Só após esta primeira avaliação será possível determinar se existem condições de segurança para o regresso a casa dos moradores da parte do edifício menos afetada pelas elevadas temperaturas geradas pelo incêndio, salientou a fonte.
"Esta vistoria determinará ainda se haverá necessidade de o condomínio do edifício executar alguma intervenção estrutural prévia ao regresso dos moradores às suas casas", sustentou.
A 5 de junho, um incêndio deflagrou na cave de uma loja/armazém de Leça do Balio com uma área de cerca de quatro mil metros quadrados e alastrou-se ao rés-do-chão, tendo mobilizado mais de 130 bombeiros e 40 viaturas.