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A memória de Gisberta e o conflito de género nas ruas do Porto

A memória de Gisberta e o conflito de género nas ruas do Porto

Reconstituição da Comissão de Toponímia da Câmara Municipal reabre o debate. Bloco e CDU reclamam mais mulheres na identificação das ruas da cidade e voltam a insurgir-se contra a reprovação do nome da transexual assassinada há 16 anos.

Levada a deliberação do Executivo, a reconstituição da Comissão de Toponímia da Câmara Municipal do Porto - sai Manuela Melo e entra Artur Ribeiro, ex-deputado municipal da CDU, proposto por Rui Moreira - tinha tudo para ser pacífica e foi mesmo aprovada por larga maioria, em escrutínio secreto (dez votos a favor e três em branco), mas não deixou de suscitar mais debate pela igualdade de género, ainda a reboque do chumbo à petição pública pela atribuição do nome de uma rua da cidade a Gisberta.

Para lá de votos de censura à reprovação do requerimento por Gisberta Salce Júnior, mulher transexual, emigrante brasileira, sem-abrigo, assassinada no Porto, a 22 de fevereiro de 2006, os três boletins em branco simbolizaram a repreensão ao que o vereador sem pelouro do Bloco de Esquerda chamou "um ato político de desrespeito", tanto mais assim classificado por o mesmo Sérgio Aires verificar que a Comissão de Toponímia é liderada por uma mulher, Isabel Ponce Leão.

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