Os alunos de 15 escolas nacionais e internacionais iniciaram, esta quinta-feira, no Porto, a oitava edição do Oporto Model United Nations, que recria anualmente uma sessão das Nações Unidas, contando, pela primeira vez, com uma escola pública portuguesa.
O OPOMUN 2015, evento promovido pelo Colégio Luso Internacional do Porto (CLIP) mas com a organização entregue aos alunos do estabelecimento de ensino, decorre entre esta quinta-feira e sábado e tem como objetivo recriar uma sessão das Nações Unidas através do debate entre estudantes que representam os papéis de diplomatas de vários países, explicou à Lusa a organização.
"Cada aluno é um delegado que representa um país e é-lhe atribuído um comité (desarmamento, direitos humanos, conselho de segurança e tribunal internacional de justiça)", sendo que cada representante terá "que defender os interesses dos países e pensar no bem comum dos estados-membros das nações unidas", esclareceu o aluno João Carvalho, secretário-geral da sessão.
Isabel Morgado, diretora do OPOMUN, afirmou ter enviado convites, em edições anteriores, a escolas públicas, mas estes nunca foram aceites.
"Este ano, quando foi solicitado à Câmara do Porto um apoio para esta iniciativa, os organizadores fizeram menção de que queriam escolas públicas mas que sempre tiveram dificuldade em chegar até elas e a autarquia disponibilizou-se a enviar o próprio convite", obtendo apenas resposta da Escola Secundária João Gonçalves Zarco, referiu Isabel Morgado.
Os temas que irão ser debatidos pelos 250 estudantes na sessão estão relacionados com assuntos atuais presentes nas comissões das Nações Unidas, como o terrorismo do Estado Islâmico, o conflito entre a Rússia e a União Europeia, a ébola e o direito à eutanásia.
A diretora do OPOMUN acrescentou que os alunos, ao participarem nesta iniciativa, "ganham mais facilidade de falar em público e outras competências que lhes vão ser, certamente, úteis pela vida fora".
