Intervenção

Obras do metrobus na zona ocidental do Porto vão durar 18 meses

Obras do metrobus na zona ocidental do Porto vão durar 18 meses

Começam esta terça-feira as obras do metrobus no Porto. Vão começar pela ligação Boavista/Praça do Império, cuja empreitada será de 12 meses. Os trabalhos na outra ligação, Boavista/rotunda da Anémona (Matosinhos), só deverão ter início em junho ou julho, estando a conclusão apontada para o verão de 2024. No total, a zona ocidental portuense deverá ter obras durante 18 meses.

O autarca Rui Moreira reconhece o transtorno, mas qualifica as obras como "fundamentais" e classifica o investimento, suportado a 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência, como "virtuoso". Diz que é preciso "mudar o paradigma", diminuir o transporte individual e fazer regressar as pessoas ao transporte público, tornando a cidade "mais amiga do ambiente".

No arranque desta primeira fase, os trabalhos estarão localizados nas zonas de Bessa Leite/Guerra Junqueiro e Marechal/Foco. Foi prometido que à medida que forem avançando, as pessoas serão avisadas, nomeadamente sobre desvios.

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Quando estiver a funcionar, prevê-se que o metrobus ligue a Rotunda da Boavista à Praça do Império em 12 minutos (até à Anémona serão 17 minutos). Ao contrário do inicialmente previsto, não será construída uma rotunda na ligação entre as avenidas da Boavista e da Marechal Gomes da Costa. Ainda assim, o monumento ao empresário terá de ser deslocalizado.

Restrições aos carros no futuro?

Também foi anunciado que o metrobus não vai dar a volta à Rotunda da Boavista. No topo da avenida, onde haverá uma estação, o veículo fará inversão de marcha, saindo do canal central e entrando na faixa de rodagem. A manobra demora 30 segundos. A semaforização tratará de regular a passagem do metrobus e o trânsito normal. Para chegar a esta solução, entre outros estudos, foi feito um ensaio com um autocarro da STCP no local (conforme se pode ver no vídeo).


Para a Marechal, onde o veículo circulará junto ao corredor central, com o restante trânsito, Rui Moreira reitera que "não vão deitar árvores abaixo".

Tiago Braga, da Metro, admite que, na Avenida da Boavista, o metrobus vai obrigar a "subtrair lugares de estacionamento", mas garante que "haverá mais árvores", tendo em conta as que serão abatidas e as que vão ser plantadas.

"Quando estiver a funcionar o metrobus, esperamos ter 20 mil validações diárias. O número poderá ser até superior", destaca o presidente da empresa Metro do Porto.

Rui Moreira diz ainda que, na zona ocidental, "cerca de 80% das pessoas se deslocam em transporte individual". Referindo que a continuar assim, "a cidade não tem capacidade de resposta", admite, no futuro, que o seu sucessor na Câmara, no próximo mandato, tome "medidas restritivas" quanto ao trânsito automóvel. "Vai ser inevitável", prevê.

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