Incidente

Parte de rua abateu junto ao Largo dos Lóios no Porto

Parte de rua abateu junto ao Largo dos Lóios no Porto

Parte do piso da Rua de Trindade Coelho, no Porto, abateu ao final da manhã desta quinta-feira à passagem de um camião das obras do metro. Os comerciantes com negócios junto ao local acreditam que o acidente está relacionado com a enxurrada de 7 de janeiro. A Câmara do Porto está no local, juntamente com a Metro do Porto, a averiguar as causas do incidente. Ninguém ficou ferido.

O movimento de entrada e saída de camiões da obra do metro do Porto, nesta manhã de quinta-feira, não terá sido "fora do normal", acredita Miguel Martins, com loja no Largo dos Lóios. O comerciante tem assistido à evolução da construção da linha Rosa, entre a Casa da Música e S. Bento, e diz que o cenário foi "exatamente igual ao dos outros dias". Ao que o JN conseguiu apurar, os trabalhos de escavação para a futura estação Liberdade/S. Bento começaram esta quarta-feira, mas a intervenção não terá passado pelo subsolo da Rua de Trindade Coelho, que abateu.

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Por baixo daquela artéria está construída uma das centenárias galerias do rio da Vila. O projeto para a construção da linha Rosa e consequente desvio do curso de água já prevê o alargamento da infraestrutura para acolher as águas vindas das ruas do Almada e dos Clérigos.

No dia em que o Porto foi atingido por uma enxurrada, a força da água terá sido tal que o próprio betão colocado pela Metro do Porto na Rua de Trindade Coelho, precisamente para entrada e saída de camiões, levantou. A estrutura da galeria no subsolo terá ficado fragilizada.

Inundações deixaram terreno "frágil"

Francisco Magalhães, 69 anos, diz ter ficado "assustado com o barulho". "Houve muito trânsito de máquinas pesadas, de camiões com cimento e areia e é natural que, depois das inundações, isto esteja frágil e o camião foi pela terra dentro", conta ao JN. Mais do que as causas do abatimento da estrada, o comerciante pede que as obras terminem o mais rápido possível, já que os negócios "estão a levar muito por tabela".

"As pessoas fogem, muitas vezes, de vir por aqui por causa das obras", acredita Francisco.

Por sua vez, Miguel Martins, 48 anos, acredita que a enxurrada é a origem do problema. "A água levantou o chão e vê-se o desnível de cimento. Provocou até dois grandes buracos, sendo que um deles estava à beira do local onde abateu a estrada", relata o comerciante, indicando o cimento que foi colocado para "tapar".

"Não notei grande diferença [no movimento dos camiões]. É constante por causa da obra. Entram betoneiras e saem camiões de terra. Foi exatamente igual ao dos outros dias", descreve.

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