Data assinalada na Invicta, Coimbra e Figueira da Foz.
Com a família real ainda no Brasil, fugida da invasão napoleónica, e o país sob controlo dos ingleses, um grupo de burgueses e militares organizou uma sublevação, no Porto, faz esta segunda-feira 200 anos.
O levantamento veio a desembocar na monarquia constitucional, que duraria quase um século. Ficou conhecido como a Revolução Liberal de 1820.
Foi graças a esta primeira revolução que as Cortes Constituintes aprovaram a primeira Constituição, em 1822, e lançaram "as raízes do nosso sistema político", diz Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República. A iniciativa encabeçada por Fernandes Tomás, Ferreira Borges, Silva Carvalho e Ferreira Viana foi, porém, efémera. Seguiram-se 14 anos de guerra civil, até o Tratado de Evoramonte condenar D. Miguel ao exílio e levar ao trono D. Maria II, filha de D. Pedro.
Esta segunda-feira, haverá várias celebrações dos 200 anos do liberalismo. Às 18 horas, a Iniciativa Liberal organiza uma tertúlia com Rui Albuquerque, no Ateneu do Porto. Às 21.50, Célia Taborda, Rui Albuquerque e António Tavares participam num colóquio, no Palacete dos Viscondes de Balsemão.
Em Coimbra, às 12 horas, é lançado o livro "Memórias da nossa regeneração de 24 de agosto de 1820", escrito por duas figuras do liberalismo: Freire de Carvalho e Ferreira Borges. Na Figueira da Foz, às 17.30, serão deixadas flores no túmulo de Fernandes Tomás.