Obras no cinema entraram na reta final para ficarem concluídas no final do ano. Atividade cultural inicia-se em fevereiro de 2022.
Ir ao cinema passou a ser algo diferente a partir de 4 de junho de 1947, quando o Cinema Batalha foi inaugurado no Porto. O arquiteto Artur Andrade projetou todo um espaço para fazer sonhar os portuenses e convidou vários artistas para criarem uma verdadeira fábrica de ilusões. Um espaço repleto de luz, com estrelas e círculos, curvas labirínticas e painéis decorativos. Imagens que nunca mais foram esquecidas pelos portuenses, que aguardam com expectativa pela abertura e ver como ficou o emblemático cinema após o restauro, que custará 3,95 milhões de euros.
O projeto de requalificação foi entregue ao Atelier 15, de Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez, que promete não alterar o essencial criado por Artur Andrade, pelos escultores Américo Braga e Arlindo Gonçalves e pelos pintores Júlio Pomar, Augusto Gomes, António Sampaio e Altino. "Era lindíssimo, diferente dos outros cinemas da cidade, porque tinha aquela atmosfera ilusória", recorda António Coelho, que sempre viveu na zona da Batalha que, nos anos 1950 e 60, tinha uma forte vida urbana por se concentrarem ali várias salas de espetáculos, hotéis, café e esplanadas. "Espero que quando o Batalha abrir portas esse brilho regresse à praça, que nos últimos anos tem estado esquecida", acrescenta.