Em entrevista à TSF, Rui Moreira faz balanço deste primeiro ano do seu último mandato como presidente da Câmara do Porto.
O presidente da Câmara do Porto afirmou em entrevista à TSF que a saída da autarquia da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) é definitiva. "Enquanto eu for presidente, não tem retorno. Daqui a três anos haverá um novo presidente, haverá um novo executivo e nunca sabemos o que acontece. Comigo, não voltaremos certamente", afirmou Rui Moreira que considera esse um dos principais momentos deste primeiro ano de novo mandato.
""Do ponto de vista político, a saída da Associação Nacional de Municípios, que acabou por ajudar a própria ANMP nas suas negociações com o Governo a melhorar as condições ou a atenuar a malignidade do processo, acho que é um momento muito importante" destes primeiros 365 dias do terceiro e último mandato. Rui Moreira explica que foi "um momento pensado e não é um momento de precipitação. Não foi por uma zanga mas por entendermos que era a melhor estratégia para a cidade do Porto".
O autarca destaca a requalificação do Mercado do Bolhão e a inauguração do Terminal Intermodal de Campanhã, como outros dois marcos importantes deste primeiro ano de mandato. A segurança e a falta de polícias que possam garantir a vigilância na cidade e na chamada zona da "movida" são outras bandeiras de Moreira.
Mas persiste a "insatisfação" relativa ao processo de descentralização de competências, que representa um défice de quase dez milhões de euros no município. "Se olharmos para a educação com quatro milhões e meio de euros, se olharmos para as praias que é um montante seguramente superior a um milhão de euros, se pensarmos agora no que vem aí com a solidariedade social, que nós estimamos em qualquer coisa como dois milhões e meio de euros, estamos a falar, grosso modo, em dez milhões de euros de dinheiros que nós vamos ter que pôr para coisas que antes não púnhamos. E, naturalmente, isto condiciona outras políticas do município, seja a título de investimento, seja a nível da despesa corrente para, por exemplo, acudir às famílias", explica.