São 71 milhões de euros, 14 milhões dos quais destinados a investimento. O Centro de Saúde das Caxinas e a compra de terrenos para ampliar o cemitério, a nova esquadra da PSP e as primeiras 120 habitações sociais são projetos prioritários no Orçamento de Vila do Conde para 2023. Do lado da oposição, a NAU votou contra. Acusa a maioria socialista de estar, de novo, a endividar o município ao pedir mais um empréstimo de 2,5 milhões de euros.
"É um orçamento de rigor e realista, que reflete as opções de políticas públicas do município, proporcionando um trabalho muito exigente, mas frutuoso, em 2023", afirmou o presidente da Câmara. Vítor Costa destaca os nove milhões para a Educação, os seis milhões para a Ação Social e os mais de quatro milhões para a Habitação. As Atividades Económicas terão 3,5 milhões, crescem 7% as transferências para as freguesias, aumentam os apoios ao movimento associativo.
Vítor Costa admite que os tempos são "difíceis, complexos e imprevisíveis", com "aumentos brutais" da energia e dos combustíveis e a escalada da inflação, mas garante que haverá ainda "várias obras nas freguesias".
Nas Grandes Opções fica ainda o compromisso de dinamizar projetos como o novo edifício do hospital (no solar dos Pizarro Monteiro), a nova ponte sobre o Ave, o Parque Urbano junto ao rio em Azurara e a Ecovia do Ave.
Na votação, o ex-PSD Pedro Soares e a independente Dália Vieira juntaram-se ao PS no voto a favor. Já a NAU não poupou nas críticas.
"Em 2022, a Câmara gerida pelo atual executivo, já tinha recorrido a 3,5 milhões de euros de empréstimos. Para o ano de 2023, mais 2,5 milhões. O rumo foi invertido, longe vão os tempos de redução da dívida. Atualmente, a dívida municipal aumenta e quem vier a seguir "que feche a porta"", afirma, em comunicado, o movimento independente de Elisa Ferraz.
A NAU acusa ainda a maioria socialista de "multiplicar" as despesas com pessoal e com a aquisição de serviços e garante que este é um orçamento "repleto de malabarismos para encapotar as contas mal feitas".