Um jovem português está desaparecido desde sábado em Pilsen, na República Checa, onde frequenta o curso de Medicina. O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a acompanhar o caso.
Tomás Alcaravela, de 20 anos, natural de Abrantes, está a ser procurado desde domingo pelas autoridades, depois de ter sido visto pela última vez na madrugada de sábado.
De acordo com o ISMAP, a Associação de Estudantes que representa os estudantes internacionais da Charles University, a Faculdade de Medicina de Pilsen, o jovem foi visto a entrar para o seu apartamento pelas 5 horas de sábado, mas, de manhã, já não estava no local. Antes, terá estado na discoteca No Limits, na mesma cidade. Usava uma t-shirt azul com gola em V, calças de ganga e sapatilhas pretas.
Após ter divulgado o desaparecimento de Tomás Alcaravela, ao início da tarde de domingo, a ISMAP organizou esta segunda-feira uma busca, de que para já, se desconhecem os resultados. Num post no Facebook, revela que a Polícia está a utilizar um helicóptero, a distribuir fotografias do jovem e a procurar em bares. As tentativas de localização do telemóvel e as buscas nos hospitais próximos não produziram resultados.
Contactado pelo JN, fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros informou ter "conhecimento dos factos relacionados com o desaparecimento de um cidadão português estudante na República Checa" e estar em contacto com a família através da Embaixada em Praga e do Gabinete de Emergência Consular. "Acompanhamos, também, todas as diligências que as autoridades policiais checas estão a realizar para identificar o paradeiro desse cidadão", acrescentou.
Comunidade de Abrantes "muito preocupada"
O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, confessa ao JN que "a notícia do desaparecimento do Tomás deixou toda a comunidade muito preocupada, pois são pessoas conhecidas", justifica. Médico cardiologista, o pai tem uma clínica na cidade, a mãe é professora e o avô, Silvino Alcaravela, foi administrador do Hospital de Abrantes. O autarca descreve o jovem como uma pessoa "sossegada e calma" e garante que tem uma relação de grande proximidade com a família, que caracteriza como "muito cuidadosa".
Quando teve conhecimento da situação, Manuel Valamatos tentou contactar o pai por telefone, sem sucesso, pois já tinha ido para a República Checa dar apoio nas buscas, tal como terá sucedido com a mãe e com um tio. "Falei com alguns amigos que também arrancaram para lá", conta. "Está toda a gente muito preocupada", justifica. A frequentar o 2º ano de Medicina na Universidade de Charles, Tomás é o mais velho de quatro irmãos.