Um incêndio lavra esta tarde "a cerca de 800 metros" de um armazém de pirotecnia em Lanhelas, Caminha. Meios terrestres de combate, incluindo funcionários de junta e população, estão neste momento no terreno a defender o depósito de material pirotécnico e também habitações na freguesia vizinha de Vilar de Mouros, que se encontram ameaçadas pela frente de fogo.
O empresário de pirotecnia, proprietário do armazém em Lanhelas, Ivo Fernandes disse ao JN que, face à atuação dos bombeiros, não teme pelo armazém, mas mostrou-se preocupado com "a falta de meios" de combate. "O incêndio está numa zona crítica. Parece-me que os bombeiros de Caminha tem isto controlado, mas o problema essencial é a falta de meios", declarou Ivo Fernandes, referindo que o seu material pirotécnico "está devidamente resguardado em local próprio".
"Por aí não temo. Se bem que é preciso ter a presença dos bombeiros. As chamas estão se calhar a uns 800 metros, mais ou menos", afirmou, admitindo contudo que haja um certo grau de risco. "O fogo está por cima do Lugar de Couto e não está só perto das minhas instalações. Há materiais inertes que não tem nada a ver com a pólvora e há outra coisa, a freguesia [seu aglomerado habitacional] está mesmo, mesmo muito próxima e em risco também", contou.
Miguel Alves, autarca de Caminha, refere que o armazém de pirotecnia está a ser "defendido" do fogo pelos bombeiros e também com recurso a cisternas, funcionários da junta, e população. Adiantou ainda que "no lugar da Ranha em Vilar de Mouros, os bombeiros estão a defender uma zona habitacional", do mesmo incêndio. "A população, as equipas das juntas, os sapadores municipais e os bombeiros estão a dar tudo para combater o fogo e evitar que ele cresça e progrida", referiu.