Seria, no mínimo, acusado de insensatez quem previsse que um dos concertos maiores do festival estaria a cargo de uma das bandas encarregues da abertura do palco principal. Os culpados têm um nome: Linda Martini. Em menos de três quartos de hora, o grupo lisboeta arrasou a invulgarmente numerosa plateia com os riffs frenéticos de guitarra que pediam uma entrega do público, o que aconteceu em pleno.
Na segunda incursão pelo palco principal - depois da estreia em 2007 -, os Linda Martini foram nada menos do que arrasadores, em especial a endiabrada baixista Cláudia Guerreiro, por muito injusto que seja destacar só um elemento,.
Saciada com o concerto, a maioria da multidão virou costas ao palco mal o concerto terminou, disso se ressentindo, numa primeira fase, a espanhola Maika Makovski, que substituiu à última hora Foster the People. Pouco preocupada com o desconhecimento quase generalizado do público pela sua música bem munida de ritmo e melodia, a cantora e compositora de origem macedónia partiu para uma actuação segura que, aos poucos, conseguiu captar a atenção dos inicialmente indiferentes espectadores.
Honras de abertura, mas do palco secundário, também tiveram os Peixe: Avião, que, dada a proximidade geográfica (são oriundos de Braga), contribuíram para a imediata boa recepção do público. As sonoridades grandiloquentes do grupo estão mais refinadas do que nunca, embora os maneirismos vocais de Ronaldo Fonseca continuem um tanto quanto excessivos, o que não foi suficiente para atribuir nota negativa à actuação