A al-Qaeda no Magrebe Islâmico apelou, esta terça-feira, aos muçulmanos para atacarem as embaixadas dos Estados Unidos da América e os diplomatas norte-americanos nos países islâmicos, em protesto pelo polémico filme considerado ofensivo para o Islão.
Num comunicado, a organização aplaudiu a morte do embaixador norte-americano Christopher Stevens num ataque ao consulado norte-americano em Bengazi, no leste da Líbia, a 11 de setembro, durante um protesto contra o filme.
O texto insta os jovens muçulmanos a retirarem e incendiarem as bandeiras dos Estados Unidos hasteadas nas embaixadas nas capitais muçulmanas e a matarem ou expulsarem os diplomatas norte-americanos, para "vingar a honra do profeta".
A organização condena os Estados Unidos por "mentirem aos muçulmanos há mais de 10 anos ao falarem de guerra contra o terrorismo e não contra o Islão", segundo o texto, divulgado por uma empresa norte-americana de contra-terrorismo, a IntelCenter.
O comunicado, datado de 15 de setembro, apela para ataques em Marrocos, Argélia, Tunísia e Mauritânia, citando especificamente as cidades de Casablanca, Argel, Tunes e Nouakchott.
A divulgação do filme "A Inocência dos Muçulmanos", realizado nos Estados Unidos, desencadeou protestos violentos em duas dezenas de países muçulmanos que causaram, até agora, mais de 30 mortos.