
O presidente iraniano criticou a fundação do Estado de Israel, que contribuiu para uma "Palestina ocupada".
Os representantes dos Estados da União Europeia presentes na Conferência da ONU sobre o Racismo em Genebra abandonaram a sala no momento em que o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, falou de um "governo racista" no Médio Oriente.
Alguns minutos antes, quando o chefe de Estado iraniano começava a falar pelo menos três manifestantes com perucas multicores e narizes vermelhos de palhaço gritaram "racista! racista!" dirigindo-se ao orador e foram expulsos por guardas da ONU.
Ahmadinejad criticou a criação de Israel e comparou-o a um "governo racista".
"Após o final da Segunda Guerra Mundial, eles (os aliados) recorreram à agressão militar para privar de terras uma nação inteira sob o pretexto do sofrimento judeu", explicou o presidente iraniano.
"Enviaram imigrantes da Europa, dos Estados Unidos e do mundo do Holocausto para estabelecer um governo racista na Palestina ocupada", afirmou.
O presidente iraniano também criticou a ordem política mundial, assinalando que o Conselho de Segurança da ONU sempre "acolheu com silêncio os crimes daquele regime (israelita) como os recentes bombardeamentos contra civis em Gaza".
Disse ainda que a intervenção internacional no Afeganistão não trouxe paz ou prosperidade ao país e que a invasão norte-americana do Iraque causou "um milhão de mortos e feridos" e prejuízos milionários à economia do país.
Ahmadinejad é o único chefe de Estado que assiste a esta conferência, boicotada por nove países, entre os quais os Estados Unidos e Israel, que consideram que o fórum é anti-semita.
