
Tiroteio numa festa de aniversário infantil na Califórnia provocou quatro mortos
Foto: Benjamin Fanjoy/Getty Images/AFP
O tiroteio do passado fim de semana numa festa de aniversário infantil na Califórnia, que provocou quatro mortos, foi o 17.º massacre registado este ano nos Estados Unidos, o valor mais baixo desde 2006.
Especialistas citados pelos responsáveis de uma base de dados - mantida pela Associated Press, USA Today e Northeastern University - alertam, contudo, que a descida não significa maior segurança duradoura, podendo refletir apenas um regresso a níveis médios após picos anómalos de violência em 2018 e 2019.
James Alan Fox, criminologista da Northeastern University e gestor da base de dados, sublinhou que os assassinatos em massa caíram cerca de 24% face a 2024, ano que também registara uma redução de 20% comparativamente a 2023.
Os homicídios em massa - definidos como incidentes em que quatro ou mais pessoas são mortas em 24 horas, excluindo o atacante - são raros, o que torna as estatísticas voláteis, explicou James Densley, professor da Metropolitan State University.
A diminuição das taxas gerais de homicídio e de crimes violentos, que subiram durante a pandemia de covid-19, pode estar a contribuir para a queda deste tipo de incidentes, segundo os especialistas.
Melhorias na resposta imediata a tiroteios e avanços no atendimento de urgência também poderão estar a salvar vidas, acrescentou Densley, citando o ataque à Escola da Anunciação, no Minnesota, em agosto, que deixou duas vítimas mortais mas mais de 20 feridos.
Nos últimos anos, 22 estados tornaram obrigatórias avaliações de ameaça em escolas, medida que poderá ter evitado alguns ataques em ambiente escolar, embora sem impacto noutros locais.
A esmagadora maioria das vítimas de massacres morre por disparos de arma de fogo: 82% dos homicídios em massa deste ano envolveram armas e, desde 2006, 81% das 3234 vítimas mortais foram baleadas.
