O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusou esta segunda-feira os separatistas pró-russos de "continuarem a bloquear a investigação" sobre o avião que se despenhou quinta-feira no leste da Ucrânia, e exortou a uma investigação "transparente".
"O que estão tentando ocultar?", perguntou no decurso de uma declaração na Casa Branca, onde exigiu que a Rússia utilize a sua influência e pressione os rebeldes para que termine a "manipulação" com os fragmentos do aparelho, evitando-se um "maior isolamento internacional" de Moscovo.
"O que necessitamos é o acesso imediato e sem obstáculos ao local dos acontecimentos, disse.
Desta forma, sugeriu a Moscovo que utilize a sua "forte influência" sobre os rebeldes para permitir aos investigadores internacionais o acesso sem restrições à zona do sinistro, que se estende por vários quilómetros.
"O Presidente russo, Vladimir Putin, tem responsabilidade direta para os obrigar a cumprir com a investigação, isso é o mínimo que pede a decência", sublinhou.
Obama sugeriu que os rebeldes federalistas desta região russófona da Ucrânia estão a eliminar "provas" e a transferir os corpos "muitas vezes sem o cuidado devido" e em circunstâncias particularmente trágicas.
O Boeing 777 da companhia aérea Malaysia Airlines despenhou-se quinta-feira no leste da Ucrânia numa zona controlada por separatistas pró-russos com 298 pessoas a bordo, incluindo 193 holandeses.
De imediato, as autoridades de Kiev acusaram os rebeldes de terem abatido o aparelho com um míssil de fabrico russo, acusação negada pelos líderes das regiões rebeldes do leste ucraniano.
