Um português foi morto a tiro em Buzet-sur-Baïse, no departamento Lot-et-Garonne, em França, à frente da mulher e dos dois filhos. Três portugueses foram detidos.
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O português de 32 anos, agricultor de profissão, regressava de uma festa, na companhia da mulher e de dois filhos menores, quando, ao sair do carro, à porta de casa, pelas 00.30 horas de segunda-feira, foi baleado na cabeça, explicou Jean-Louis Molinié, presidente da Câmara de Buzet-sur-Baïse, cidade de 1300 habitantes, entre Bordéus e Toulouse.
Três portugueses suspeitos de envolvimento no crime foram detidos e, após serem presentes ao Ministério Público de Agen, na terça-feira à tarde, ficaram em prisão preventiva.
As autoridades judiciais francesas abriram uma investigação por "homicídio, cumplicidade em homicídio e incapacidade de prevenir um crime", de acordo com a agência AFP.
Apesar da resposta rápida dos bombeiros e das equipas de emergência, o português baleado morreu no local.
Nem a mulher - grávida, segundo a Lusa - nem as crianças sofreram quaisquer ferimentos.
Durante essa noite, dois homens da mesma idade da vítima foram detidos, um terceiro foi detido na tarde de segunda-feira.
As causas do homicídio são ainda desconhecidas.
Discussão na festa
O Ministério Público de Agen confirmou que a família esteve presente numa festa em Tonneins, no domingo, e que houve "fortes tensões" nesse evento. No entanto, as autoridades judiciais ainda não estabeleceram qualquer ligação entre estas altercações e o homicídio.
Fonte oficial do Ministério Público de Agen referiu à Lusa que os três suspeitos "não estavam na festa", mas conheciam a vítima.
"Nada sugeria tal tragédia"
O presidente da Câmara de Buzet, Jean-Louis Molinié, expressou a sua surpresa e tristeza após o assassinato do português. "Nada sugeria tal tragédia. Como se podia imaginar tal horror?", questionou, citado pelo jornal "La Dépêche".
A vítima era trabalhador agrícola e vivia com a mulher e os dois filhos menores na rua de la Gravère, no coração da localidade. As crianças frequentavam a escola local. "Devido às suas atividades profissionais, ele não participava muito na vida da comunidade", recorda o autarca, que não conhecia a família.