
Arquivo/Global Imagens
A doutrina feminista radical de uma professora do ensino secundário numa sala de aula em Puerto del Rosario, na ilha espanhola de Fuerteventura, está a provocar uma onda de indignação nas Canárias, onde as críticas não se fizeram esperar.
Corpo do artigo
Aurelia Vera Rodriguez, professora de línguas no Instituto de Ensino Secundário San Diego de Alcalá, em Puerto del Rosario, e também vereadora do PSOE naquele município, defendeu, em plena sala de aula, perante alunos de 14 e 15 anos, a castração seletiva como medida a ser usada para "fazer com que os homens parem de governar" e transfiram o poder para as mulheres.
"Vão fazê-lo [deixar de governar] voluntariamente? Não. Temos de recorrer à castração seletiva", afirmou, explicando que o sistema matriarcal que defende só seria possível por meio desse método. "Há que castrar os meninos à nascença", acrescentou.
As palavras da docente espanhola, número dois do partido, foram gravadas pelos alunos que, incrédulos com o que ouviam, iam intervindo e contrapondo as suas opiniões. "Mas assim os homens não poderiam ter filhos, a população ia desaparecer, o mundo ia acabar", ressalvou uma estudante, contando logo com uma resposta pronta da professora.
"Se castrares os meninos à nascença, não só não vão poder ter filhos como não vão desenvolver uma série de hormonas, que lhes dariam força física. Porque a força física está nas gónadas. Além disso, nunca deixariam de falar com o tom de voz que tinham em criança. Eu sei como é que isto funcionaria, e funcionaria mesmo. O principal problema é como implantá-lo. (...) Quando a minha sociedade for implantada, os homens que não têm testículos serão felizes porque nunca os tiveram. Nem sequer terão desejos sexuais. Não os conhecem, portanto não sentem falta deles."
A doutrina radical de Aurelia Vera chegou ao jornal online local "Okdiario", que divulgou o caso, e levou à formalização em tribunal de uma queixa apresentada por Francisco de Asís Serrano Castro, deputado e presidente do grupo parlamentar do Vox na Andaluzia, que disse ter recebido várias mensagens de encarregados de educação indignados com as gravações feitas na sala de aula.
