Ryanair cancela programa de fidelização porque "custou mais dinheiro do que gerou"

De acordo com a companhia aérea, 55 mil passageiros aderiram ao Prime, o que gerou 4,4 milhões de euros em taxas de subscrição e atribuiu mais de seis milhões de euros em benefícios aos passageiros. Dara Brady, diretor de marketing da Ryanair, explica que, por esse motivo, o projeto "custou mais dinheiro do que gerou". "Este nível de adesão, ou receita de assinaturas, não justifica o tempo e o esforço necessário para lançar vendas mensais exclusivas de assentos Prime para os 55 mil membros", afirmou, citado pelo jornal britânico "The Guardian".

A empresa afirmou que voltará a oferecer descontos a "todos os clientes e não apenas aos membros Prime".

O Prime foi lançado em fevereiro, com um custo de 79 euros anuais para clientes do Reino Unido e União Europeia e prometia preços especiais uma vez por mês, a escolha gratuita de lugares em todos os voos e seguro de viagem. Embora deixe de aceitar novas assinaturas, a Ryanair assegurou que todos os membros continuarão a "desfrutar de ofertas exclusivas até outubro de 2026". "Estamos gratos aos nossos 55 mil membros Prime que se inscreveram neste período experimental nos últimos oito meses e podem ter a certeza de que continuarão a desfrutar de descontos exclusivos em voos e assentos durante o restante período de 12 meses da sua adesão", garantiu a companhia aérea.

A Ryanair tem implementado diversas mudanças. Entre as mais recentes estão o cancelamento dos voos para os Açores, a partir de 29 de março de 2026, e a implementação da obrigatoriedade do cartão de embarque digital.