Um grande barco de pesca francês chegou, na noite de segunda para terça-feira, à zona onde está à deriva o navio italiano de cruzeiros "Costa Allegra" e os dois capitães já se falaram por rádio. Segundo as agências, o "Trevignon" está já a rebocar o paquete italiano.
A Costa Cruzeiros anunciou, em comunicado, que o paquete está a ser rebocado por um navio de pesca francês, o Trevignon, e deve chegar a terra, nas Seychelles, na quarta-feira.
A embarcação francesa foi em socorro do Costa Allegra depois de ter avistado os foguetes de sinalização lançados pelo paquete, que ficou à deriva após um incêndio na casa das máquinas.
O barco de pesca em questão, cuja chegada à zona Índico entre a Tanzânia e as Seicheles foi confirmada pela empresa, segunda-feira á noite, é um navio francês com 90 metros de comprimento.
Rebocadores só esta manhã
Os dois rebocadores das ilhas Seicheles que têm como missão socorrer o navio Costa Allegra, que está à deriva no Oceano Índico, só deverão alcançar a embarcação esta terça-feira de manhã.
"Os rebocadores não especificaram a hora de chegada ao local, mas o navio não é esperado aqui antes de amanhã", disse Srdjana Janosevic, assessora de imprensa do presidente das Seychelles, confirmando que o Costa Allegra é esperado durante o dia de quarta-feira em Desroches, ilha situada a cerca de 240 quilómetros a sudoeste de Mahé, a principal ilha das Seychelles.
Após a chegada a Desroches, os passageiros deverão ser transferidos, de avião, para a ilha de Mahé, refere a agência France Press.
Esta terça-feira, ao início do dia, o Costa Allegra deverá ser alcançado por um cargueiro, que lhe fornecerá baterias e material de comunicações, bem como por um helicóptero, com comida fresca, telemóveis e 'walkie-talkies'.
O navio italiano de cruzeiros está sem energia depois de um fogo, já extinto e que não causou feridos, ter destruído os seus geradores.
O navio, com 636 passageiros e 400 tripulantes, está a cerca de 20 milhas (32 quilómetros) da ilha Afonso, um dos atóis das Seicheles, um popular destino turístico.
A região onde o navio está à deriva - nas costas da Tanzânia - tem assistido a um aumento dos ataques dos piratas somalis.
O diretor das operações náuticas da empresa do navio, a Costa Crociere, Giorgio Moretti, informou que está uma equipa de nove militares italianos a bordo, com funções de segurança anti-pirataria, mas insistiu que a região onde o navio está "não é uma área de alto risco de pirataria".
Também a porta-voz do presidente das Seicheles, Srdjana Janosevic, garantiu que "não têm sido assinalados piratas na área".
Em 2009, outro navio italiano de cruzeiros, com 1500 pessoas a bordo, evitou um ataque de piratas no Oceano Índico, longe das costas da Somália.