A pressão aumenta em torno do primeiro-ministro britânico Boris Johnson. Esta quarta-feira demitiram-se o ministro da Educação e um secretário de Estado, além de uma deputada do partido Conservador, depois das saídas dos ministros da Saúde e das Finanças na terça-feira.
Will Quince renunciou ao cargo de ministro da Educação e a deputada Laura Trott, de Sevenoaks, também se demitiu como assistente ministerial no departamento de transportes, dizendo que o governo perdeu a confiança.
Quince justifica a sua decisão considerando não ter "escolha", depois de ter repetido "de boa-fé" aos meios de comunicação social elementos fornecidos pelos serviços do primeiro-ministro "que se revelaram imprecisos".
Pouco depois foi Robin Walker, que tutelava as escolas, a anunciar a sua demissão do governo britânico revelando que já não confiava na liderança de Boris Johnson.
I have today offered my resignation from the Government & look forward to supporting @conservatives & campaigning for #Worcester from the backbenches, it has been a privilege to work to support our brilliant schools pic.twitter.com/giOm0wCArw
Na terça-feira, os ministros da Saúde e das Finanças do Reino Unido, Sajid Javid e Rishi Sunak, respetivamente, anunciaram as suas demissões do governo britânico com uma diferença de dez minutos.
"Batem a porta" em desacordo com o líder do executivo, Boris Johnson, nomeadamente face à sua postura com os escândalos sexuais que envolvem o deputado Chris Pincher e que o levaram a demitir-se da vice-presidência da bancada parlamentar do Partido Conservador, na semana passada.
Boris Johnson nomeou Nadhim Zahawi para a pasta das Finanças e Steve Barclay fica a liderar a Saúde.
Ao todo, nas últimas 24 horas, demitiram-se 12 membros do Governo, segundo a estação pública britânica BBC, a maioria deputados que eram conselheiros e assistentes.
Boris Johnson vai estar esta quarta-feira no debate semanal no parlamento, que deverá ser marcado pela instabilidade no governo, e, à tarde, realiza-se a primeira sessão de inquérito sobre o escândalo das festas em Downing Street, conhecido como "Partygate".