A Comissão Europeia proibiu esta terça-feira a fusão das empresas norte-americanas de biotecnologia Grail e Illumina, entretanto concretizada, ao abrigo das regras União Europeia (UE) para a concorrência.
Segundo um comunicado do executivo comunitário, a aquisição da Grail pela Illumina "teria asfixiado a inovação e reduzido a escolha no mercado emergente de testes de deteção precoce do cancro através de sangue".
A Illumina é, para já, o único fornecedor credível de uma tecnologia que permite desenvolver e realizar estes testes", referiu a comissária Margrethe Vestager, acrescentando que, com a fusão, as empresas rivais da Grail podem ficar em desvantagem ou mesmo sem acesso à tecnologia.
A Grail é uma biotecnológica que pretende desenvolver testes que - através de uma sequência de ADN - podem detetar precocemente cancros, sendo a Illumina a única que tem soluções viáveis para esta sequenciação.
Em conferência de imprensa, a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, recordou que a aquisição avançou em agosto de 2021 mesmo sem o parecer de Bruxelas, um caso inédito.
Neste sentido, Vestager referiu que o regulador tem possibilidade de - recorrendo ao Tribunal de Justiça da UE - obrigar à separação das empresas fundidas.