Oksana Zabuzhko, escritora ucraniana de 61 anos, pediu à União Europeia para que não hesite em ajudar a Ucrânia, no que toca à disponibilização de armamento e intervenção no espaço aéreo do país.
A poetisa e romancista, com publicações traduzidas em várias línguas, disse que "cada momento de discussão, para não provocar Putin [presidente da Rússia], custa a vida de alguém".
"Cada momento de hesitação dos políticos ocidentais e da NATO em dar ou não armamento antiaéreo", pormenorizou.
Oksana Zabuzhko participa esta terça-feira na celebração do Dia da Mulher, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
"As mulheres ucranianas são fortes e estão gratas pelo vosso apoio, mas o problema são as bombas de Putin. Não vão parar", disse numa intervenção feita aos eurodeputados.
Antes, Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, afirmou que a escritora fugiu da Ucrânia apenas com uma mala de viagem "há duas semanas". Não tendo ainda expectativa de quando poderá regressar.
Metsola disse ainda que a "Europa está unida" às mulheres da Ucrânia, que sofrem com a guerra, mas também às mulheres da Rússia e da Bielorrússia, que protestam nas ruas contra a ocupação militar.
O dia de terça-feira, o segundo da sessão plenária do Parlamento Europeu, vai focar vários temas relacionados com a guerra na Ucrânia, como a crise humanitária dos refugiados e a manipulação do mercado do gás.