O presidente da câmara de Bria, no centro da República Centro Africana, disse esta quarta-feira que pelo menos 100 pessoas morreram esta terça-feira em combates na cidade, apesar do acordo de paz assinado segunda-feira em Roma.
Maurice Balekouzou adiantou que várias dezenas de feridos foram levados para um hospital gerido pelos Médicos Sem Fronteiras.
A missão católica local indica que o balanço de vítimas mortais pode ser maior, adiantando que tem sido demasiado perigoso para a Cruz Vermelha recolher corpos nas ruas.
Testemunhas referiram que os combates envolveram a milícia anti-balaka, de maioria cristã, e rebeldes de um grupo conhecido como FPRC, que anteriormente fazia parte do movimento Seleka, maioritariamente muçulmanos.
O acordo de paz assinado na segunda-feira entre o governo da República Centro Africana e representantes da maioria dos grupos armados do país visava estabelecer um cessar-fogo imediato, após mais de três anos de um conflito sectário que fez milhares de mortos.
O governo negociou-o com 13 dos 14 grupos armados atualmente ativos no país, com 4,5 milhões de habitantes e mais de 500 mil pessoas deslocadas.
Uma organização católica sedeada em Roma, a comunidade de Sant'Egidio, mediou o acordo.