O grupo separatista basco ETA anunciou o desmantelamento das "estruturas logísticas e operacionais" utilizadas nas suas ações armadas, numa medida suplementar em direção ao desarmamento total.
MAo citar um comunicado enviado pela ETA, o diário basco "Gara" indica que o grupo completou "o desmantelamento das estruturas logísticas e operacionais relacionadas com a condução da luta armada".
Em novembro de 2012, e cerca e um ano após ter anunciado o fim de 40 anos de luta armada, a ETA tinha sugerido em comunicado estar preparada para negociar com os governos espanhol e francês a sua "dissolução".
Esta alteração destina-se a transformar "uma confrontação armada num confronto democrático", sublinha o jornal.
A ETA é responsável pela morte de 829 pessoas nos últimos 40 anos, através de atentados à bomba e assassinatos, no seu combate pela independência do País Basco, situado entre o norte de Espanha e o sudoeste da França.
Durante a década de 1980 foi combatida na designada "guerra suja" pelos Grupos Antiterroristas de Libertação (GAL), uma organização clandestina apoiada por responsáveis do Ministério do Interior durante o governo do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) liderado por Felipe González.
Em novembro de 2012, e cerca e um ano após ter anunciado o fim de 40 anos de luta armada, a ETA tinha sugerido em comunicado estar preparada para negociar com os governos espanhol e francês a sua "dissolução".
Em 1 de março, a organização decidiu colocar "fora de uso" o seu arsenal. Desta forma, confirmou o anúncio emitido em 21 de fevereiro pela Comissão internacional de Verificação, um dos grupos, não reconhecido por Madrid, que monitoriza o anunciado cessar-fogo.
Para avançar no processo de dissolução, a ETA exige designadamente negociações com os governos francês e espanhol e o reagrupamento no País Basco dos seus militantes detidos, atualmente dispersos por prisões dos dois países.