O presidente francês Nicolas Sarkozy saudou a detenção do ex-chefe dos serviços secretos militares de Kadafi e anunciou que a França vai pedir a sua extradição, depois de a Líbia também já o ter feito.
"O presidente da República regozija-se vivamente com a detenção, pelas autoridades da Mauritânia, de Abdullah al-Senoussi, antigo chefe dos serviços de informação líbios durante o regime do coronel Kadafi", indica um comunicado do Eliseu, segundo a agência de notícias AFP.
Pilar do regime líbio deposto e cunhado de Mouammar Kadafi, o coronel Abdullah al-Senoussi, procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), foi preso durante a noite de sexta-feira para sábado no aeroporto de Nouakchott, na Mauritânia. Sobre ele pende uma ordem de detenção internacional por ter participado num atentado em 1989 contra um avião francês e que resultou na morte de 170 pessoas, 54 delas francesas.
"Resultado de esforços conjuntos das autoridades francesas e mauritanas, em que as autoridades líbias foram sendo informadas, a França vai pedir nas próximas horas o pedido de extradição à justiça mauritana", acrescenta o comunicado.
Também o governo líbio anunciou que já pediu às autoridades mauritanas, via Interpol, a extradição de al-Senoussi. "O governo líbio está prestes a receber Abdullah al-Senoussi, que será detido numa prisão líbia e julgado num processo justo", precisou o porta-voz.
Acrescentou que na altura da detenção, al-Senoussi estava acompanhado por uma outra pessoa, que pode ser seu filho.
A Mauritânia não subscreveu o Tratado de Roma e, em teoria, não está obrigada a extraditar al-Senoussi.