O político Jean-Claude Juncker foi reeleito no domingo primeiro-ministro do Luxemburgo, com 33,7% dos votos, mantendo-se num cargo que assume há 18 anos, segundo dados oficiais.
O Partido Popular Social Cristão obteve 33,7% e 23 dos 60 lugares do Parlamento.
Os socialistas, que tinham abandonado em julho a coligação governamental, obtiveram 20,3% e os liberais conquistaram 18,2%, os únicos a conseguirem melhores resultados, comparando com o escrutínio legislativo de 2009.
Tanto os liberais como os socialistas garantiram 13 lugares na Câmara dos Deputados.
Numa breve declaração na sede do partido, Juncker afirmou que a prioridade agora é formar o próximo governo, recordando que o Partido Popular Social Cristão permanece o partido mais importante do Luxemburgo.
Resta saber se o primeiro-ministro reeleito irá coligar-se com os liberais, liderados por Xavier Bettel, ou se se aproximará novamente dos socialistas, apesar do desmembramento da coligação ocorrido durante o verão.
Jean-Claude Juncker, que liderou o Eurogrupo, é o mais antigo primeiro-ministro europeu em funções, depois de 18 anos no poder.
O Luxemburgo antecipou as eleições legislativas em sete meses, depois de um escândalo envolvendo abusos nos serviços de informações, que dividiram o Governo de coligação liderado por Juncker.
O Luxemburgo, com 240 mil eleitores, é o país da União Europeia com a mais elevada riqueza "per capita", mas a crise na zona euro fez subir a taxa de desemprego para 7% e o endividamento triplicou em 15 anos.