Os Países Baixos iniciaram esta quarta-feira a vacinação contra o novo coronavírus, quase duas semanas depois da maioria das nações da União Europeia, o que valeu críticas ao Governo.
A primeira dose da vacina da Pfizer/BioNTech foi dada a Sanna Elkadiri, uma enfermeira de 39 anos, funcionária num lar, durante uma cerimónia na cidade de Veghel (sul) na presença de autoridades holandesas.
O ministro da Saúde, Hugo de Jonge declarou aos jornalistas que foi "um momento incrível".
"Finalmente, após 10 meses (...), começamos a acabar com a crise", declarou.
O governo holandês foi muito criticado pela sua lentidão em lançar o processo de vacinação e o primeiro-ministro, Mark Rutte, reconheceu esta semana aos deputados estar "muito dececionado".
O pessoal hospitalar em contacto com doentes covid-19 será o primeiro a beneficiar da vacina ao lado dos funcionários de lares de idosos, segundo as autoridades sanitárias.
Os Países Baixos são o último país da UE a lançar a campanha de vacinação, que começou em quase todos os países no dia 27 de dezembro. O Reino Unido iniciou a imunização há quase um mês.
O ministro da Saúde holandês admitiu que o Governo não tinha sido suficientemente "ágil" na distribuição da vacina.
As autoridades decidiram antecipar em dois dias o início da campanha, que inicialmente estava prevista começar a 8 de janeiro.
Desde meados de dezembro que os Países Baixos enfrentam o confinamento mais rigoroso desde o início da pandemia. Foi pedido aos cidadãos que ficassem em casa e as escolas e lojas não essenciais estão fechadas.
Antes, Rutte preferiu o que designou de "confinamento inteligente", mais permissivo que o dos seus vizinhos.
O país já registou mais de 11 mil mortes ligadas à covid-19 entre os mais de 800 mil infetados desde o início da pandemia.