Uma viatura policial e as montras de duas lojas foram apedrejadas na noite deste domingo por vários jovens no bairro londrino de Enfield, segundo as agências internacionais.
De acordo com o jornal inglês Guardian, tudo indica que os distúrbios resultam de um plano orquestrado para levar a cabo mais uma noite de violência na cidade de Londres.
A polícia de intervenção foi colocada naquela parte do norte de Londres, bem como em Brixton, no sul da capital britânica, onde também haverá notícias de tensão e pequenos confrontos.
De acordo com as autoridades, a segurança na cidade foi reforçada com agentes dos arredores para evitar uma nova noite de distúrbios.
Em Tottenham era possível observar, ao início da noite, equipas de limpeza a começar a lavar as ruas de Tottenham, cerca de 24 horas depois dos motins que envolveram veículos e edifícios incendiados e lojas pilhadas.
Junto aos destroços de um dos carros queimados, várias pessoas tiravam fotografias, enquanto outras apenas circulavam para ver os estragos na zona.
A polícia diz ter iniciado uma investigação ao sucedido e assegura que está a analisar imagens de videovigilância para identificar eventuais delinquentes.
O irmão de Mark Duggan, cuja morte na quinta-feira, numa operação policial, terá estado na causa dos motins, reiterou a indignação pela falta de informação sobre as circunstâncias do incidente.
Todavia, afirmou: "Não aprovamos nenhuma das acções [violentas], nem que isto aconteceu em nome do meu irmão".
Este domingo, a responsável pela Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC), que está a investigar a morte de Duggan, lamentou se houve falta de apoio à família.
Porém, prometeu que vai ouvir mais testemunhas sobre o caso, embora tenha desmentido os rumores "categoricamente falsos" de que a vítima tenha sido executada.
No total, a polícia diz ter detido, na sequência dos distúrbios em Tottenham, 55 pessoas, a maioria das quais por roubo ou desordem.
Foram também registados 29 feridos, dos quais 26 agentes da autoridade.