O polícia Wayne Couzens admitiu, esta sexta-feira, ter assassinado Sarah Everard após sequestrá-la na rua enquanto voltava para casa no sul de Londres.
A mulher de 33 anos desapareceu a 3 de março e o seu corpo foi encontrado numa floresta perto de Ashford, em Kent, a cerca de 32 quilómetros a oeste da casa de Couzens, sete dias depois. Estava escondido e embrulhado num saco que Couzens comprara dias antes.
Esta sexta-feira, o agente, de 48 anos, declarou-se culpado pelo sequestro e morte de Sarah Everard. De acordo com o "The Guardian", Couzens foi ouvido da prisão de Belmarsh através de uma videoconferência. Questionado se se declarava culpado ou inocente pela acusação de homicídio, o polícia respondeu: "Culpado".
"Declara-se culpado de assassinato?", voltou a interrogar o tribunal. "Sim" respondeu Couzens, mal levantando a cabeça. O agente enfrenta agora uma sentença de prisão perpétua.
O crime
No dia em que atacou Everard, Couzens terminou o trabalho às 7 horas. Em seguida, pegou num carro que havia alugado três dias antes. O polícia avistou a mulher a voltar para casa depois de visitar a casa de um amigo e atacou-a. Everard foi dada como desaparecida pelo namorado no dia seguinte, quando não se encontrou com ele como tinham combinado.
Couzens foi detido na sua casa em Deal, em Kent, em 9 de março, primeiro sob suspeita de sequestro e, no dia seguinte, sob suspeita do assassinato.
Os resultados da autópsia mostraram que a mulher morreu vítima de compressão no pescoço.
O caso chocou o Reino Unido e lançou o debate sobre a falta de segurança que muitas mulheres sentem quando percorrem as ruas sozinhas à noite. De acordo com números da Organização das Nações Unidas (ONU) no Reino Unido, mais de 70% das mulheres admitem ter sofrido de assédio sexual em espaços públicos.