A participação de Portugal na missão da União Europeia na República Centro-Africana, com o envio de um avião C-130, deverá restringir-se a um mês, segundo indicou o ministro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco.
Em declarações à Agência Lusa, José Pedro Aguiar-Branco disse que o planeamento dos meios a enviar - "um avião C-130 para transporte de militares e respetiva guarnição de 30 homens" - e a duração da participação têm em consideração "as estimativas orçamentais para 2014".
"A nossa participação está apontada para um mês. E depois logo se veria se haveria condições ou interesse de ver renovada essa participação. Tem a ver com as condições das estimativas orçamentais para 2014", afirmou.
O ministro da Defesa Nacional falava por telefone à Agência Lusa no final da reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia, que terminou em Atenas, e que analisou, entre outros temas, a situação da República Centro-Africana.
O envio de meios portugueses, que terá de ser aprovado em Conselho Superior de Defesa Nacional, dependerá também das necessidades que forem definidas no âmbito da missão militar europeia, cuja composição e duração ainda não está definida.
O país mergulhou no caos desde que em março de 2013 a coligação Séléka, de maioria muçulmana, derrubou o governo do país maioritariamente cristão, desencadeando uma espiral de violência sectária, que já causou milhares de mortos e centenas de milhares de deslocados.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou no fim de janeiro uma resolução que autoriza a intervenção de forças militares europeias na República Centro-Africana.