Uma investigação liderada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, a par com a Universidade de Yale, permitiu identificar, pelo menos, 21 locais na região de Donetsk usados pelas forças russas ou separatistas para "deter, interrogar e deportar civis e prisioneiros de guerra" - adotando condutas que violam o direito internacional humanitário. Há registos que indiciam a existência de possíveis valas comuns em algumas áreas.
Estes locais inserem-se num "sistema de filtração" de cidadãos detidos e prisioneiros, revela o jornal norte-americano "The New York Times". Para chegar a esta conclusão, os investigadores do Laboratório de Investigação Humanitária da Universidade de Saúde Pública de Yale examinaram imagens satélite comerciais e informação de acesso livre. Os civis e os prisioneiros estariam sujeitos a ficarem presos por longos períodos de tempo, e a serem deportados para a Rússia ou mesmo assassinados.
A investigação, divulgada num relatório, partiu de uma colaboração entre Yale e o programa Observatório de Conflitos - implementado em maio pelo Departamento de Estado para monitorizar crimes de guerra e outras atrocidades cometidas pelo país invasor. Esta sexta-feira, a Rússia negou a acusação. "Esta é outra falsificação destinada a desacreditar a operação militar especial russa", contrapôs a embaixada russa nos Estados Unidos.