Um suspeito do desaparecimento da menina de origem portuguesa Maëlys Araújo foi detido e acusado de rapto, este domingo, pelas autoridades francesas, depois de ter sido detido e libertado na última semana.
Segundo a procuradoria de Grenoble, o homem de 34 anos voltou a ser detido devido ao aparecimento de novas provas, que contradizem a versão dos factos originalmente relatada às autoridades.
Apresentado ao juiz de instrução criminal este domingo à tarde, o suspeito foi confrontado com inconsistências entre o testemunho e a prova recolhida, mas voltou a negar ter cometido o crime.
Em comunicado, a procuradoria revela que o juiz de instrução não ficou convencido com as explicações apresentadas e que decidiu acusar o suspeito pelo sequestro da menina de nove anos. O homem ficou em prisão preventiva.
A prisão preventiva sustenta-se nos "resultados" obtidos nas provas encontradas pela polícia científica em alguns pertences do suspeito que tinham sido examinados, indicou o Ministério Público.
Sem confirmação oficial, o jornal "Dauphine Liberé" avançou que se trata de restos de ADN da menina encontrados no interior do carro do suspeito.
O veículo estava no centro de pesquisas porque o detido o tinha utilizado para se ausentar por momentos da festa de casamento e, no dia seguinte, limpou-o, segundo disse às autoridades, porque o pretendia vender.
Durante o interrogatório, negou ser responsável pelo desaparecimento da menor quando foi confrontado com estas provas.
A menina continua em paradeiro desconhecido. As autoridades inspecionaram vários lagos nos arredores de Pont-de-Beauvoisin, o lugar onde se celebrou a boda na noite de 26 para 27 de agosto, quando a menina desapareceu.