Ucrânia

Zelensky agradece ajuda mas critica líderes europeus pela demora na decisão

Zelensky agradece ajuda mas critica líderes europeus pela demora na decisão

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu, esta sexta-feira, a "todos os povos europeus" que apoiam a Ucrânia, mas advertiu que "alguns líderes perderam tempo" até se decidirem pelo envio de ajuda.

Zelensky participou por videoconferência numa ação sobre o dia lituano-ucraniano celebrado pelo campus polaco Colégio da Europa, onde falou juntamente com o seu homólogo lituano, Gitanas Nauseda.

Ambos os chefes de Estado sublinharam o "espaço de liberdade" que a União Europeia (UE) significa e valoriza, como a democracia.

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Mas, lembrou Zelensky, "de vez em quando cabe a uma geração defender com as armas", porque "surgirão sempre tiranias que ameaçam" a liberdade.

Nas respostas às questões colocadas pelos alunos desta escola diplomática, o governante ucraniano exortou-os a, quando "fizerem parte da burocracia de Bruxelas", a terem "consciência de que algumas instituições europeias devem ser renovadas para trabalhar mais rapidamente".

Zelensky assegurou-lhes ainda que "serão bem-vindos se quiserem aplicar os seus conhecimentos no futuro", numa Ucrânia pertencente à UE.

Falando desde Kiev, o governante assumiu que sempre que participa numa cimeira internacional espera "a entrega de mais armas" para a Ucrânia, mas referiu que "também são necessárias armas políticas: sanções".

"Queremos fazer parte da UE, também em termos filosóficos e de princípios. Nenhum país pode vencer uma guerra como esta sozinho. Mas todos juntos podemos derrotar qualquer tirania", frisou Zelensky.

O Presidente da Ucrânia abordou ainda a necessidade de "lutar contra a corrupção e a oligarquia" no seu país, e prometeu mudanças na Justiça e na administração ucraniana, bem como a digitalização de todos os processos públicos quando a guerra terminar.

Por fim, Zelensky aludiu às "ambições russas" das quais "todos os países que estavam sob influência soviética" estavam cientes e advertiu que, caso pudesse, "a Rússia não pararia na Ucrânia".

"A Espanha é um dos países que não deve aceitar o risco de aceitar uma Rússia agressiva", acrescentou.

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