O Ministério da Saúde abriu 432 vagas para colocar especialistas em Medicina Geral e Familiar nos centros de saúde, mas só foram admitidos 378 candidatos. Vão ficar, pelo menos, 54 vagas por preencher, o que está longe de responder às carências de médicos de família do país.
Se os 378 especialistas chegarem a assinar contrato com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), cerca de 700 mil utentes poderão ganhar médico de família. Sem contar com as aposentações que terão lugar este ano, o número corresponde a metade das necessidades do país, uma vez que segundo os últimos dados oficiais, há 1,4 milhões de inscritos no SNS sem médico.
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) publicou algumas das listas dos candidatos admitidos ao concurso nacional para recém-especialistas (primeira época) e outros médicos que estejam fora do Serviço Nacional de Saúde.
17% dos lugares vazios
Para nove especialidades (anestesiologia, ginecologia/obstetrícia, medicina geral e familiar, medicina interna, nefrologia, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria e saúde pública) foram colocadas a concurso 942 vagas e há 782 candidatos, o que totaliza 160 vagas (17%) por ocupar, segundo noticiou esta quarta-feira o Público.
No total, o concurso tem 1636 vagas para 45 especialidades médicas, mais do que os recém-especialistas, que totalizam 1220, segundo avançou ao JN a Ordem dos Médicos. A estratégia de abrir mais vagas do que candidatos pretende captar médicos sem vínculo ao SNS que pretendam trabalhar nos hospitais e centros de saúde públicos.
Das 1636 vagas, 432 são para Medicina Geral e Familiar, 25 para Saúde Pública e 1182 para os hospitais.