Excesso de profissionais e salários a triplicar levam dentistas a fugir para o estrangeiro

Ordem estima que haja 16 mil dentistas, 13.500 com cédula ativa
Foto: Getty Images
Pelo menos 7% dos profissionais de medicina dentária formados em Portugal trabalham fora do país, numa realidade emigratória que tende a consolidar-se. O principal motivo é a busca por melhores rendimentos, que no estrangeiro ultrapassam os dez mil euros por mês. Em território nacional, a média ronda os três mil. A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) aponta para um excesso de profissionais.
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"É uma diferença avassaladora. A minha perceção, quando falo com colegas, é que eles ganham três, quatro ou cinco vezes mais no início da carreira. O fosso aumenta se estiverem lá fora quatro ou cinco anos, ou acabarem por abrir clínicas", afirma Miguel Pavão. O bastonário da OMD indica que a realidade laboral assume "diferentes dimensões": trabalho a tempo inteiro ou parcial, exercendo em Portugal e noutro país em simultâneo, ou criação de negócio próprio, fundando novas clínicas ou adquirindo existentes, a título individual ou em sociedade com outros portugueses.

